
Cordão Humano pela preservação de Argemela
É
já neste domingo 4, que o cordão humano pela defesa da Argemela vai ter lugar,
a organização apela à participação massiva das populações envolvidas e
diretamente afetadas pela eventual exploração mineira desta serra.
Nunca como agora o conceito de dar as mãos
pode fazer a diferença na luta que as gentes das aldeias da periferia da Serra
de Argemela, em comunhão com o Grupo “Pela Preservação da Serra da Argemela” e
as Juntas de Freguesia da União de Freguesias de Barco e Coutada, concelho da
Covilhã, Lavacolhos e Silvares, concelho do Fundão, estão a encetar há mais de um
ano contra a ameaça da concessão de uma exploração mineira a céu aberto na
Serra da Argemela, pedido pela empresa PANNN, Consultores de Geociências, Lda.
Desta
vez como o foi dito está agendado para o dia 4 de Março, pelas 14,30 horas, na
Ponte do Barco a realização de um “Cordão Humano, manifestação pacífica”, justamente
para defender o Não: à destruição da fauna e da flora; à poluição e contaminação
do Rio Zêzere; à contaminação dos solos: à poluição do ar (poeira e gases
gerados pela extração; às vibrações e rachaduras nas habitações; ao barulho
causado pelas explosões; ao atentado contra a saúde das populações; à
destruição do património histórico.
A
organização em comunicado deixa ainda vincado que lutar pela preservação da
Serra da Argemela é lutar pela saúde e bem-estar de todos os habitantes da
região.
Apelam
assim à participação massiva de todos os que estão contra esta exploração mineira,
fazendo um enorme Cordão Humano que abrace com carinho a Serra da Argemela.
Importa ainda referir que esta manifestação pacífica começa pelas 15,30 horas e está garantido estacionamento: Largo do Clube – Campo de Futebol.
“O
parecer da Comissão de Avaliação onde se indica que na zona prevista para
exploração mineira na área da Argemela, de entre os vários minerais a ser
extraídos, se encontram o césio e o rubídio que se caracterizam pela sua
radioatividade, a qual, mesmo em pequenas quantidades, é fator de risco muito
elevado em problemas de saúde como a infertilidade e o cancro.
Que
está implícita a destruição de uma Serra (resultado de uma mina a céu aberto
com as características como a que se pretende e com a área de exploração
anunciada), da fauna, da flora e do património arqueológico.
Que
serão muito prejudiciais os efeitos da poluição atmosférica e os impactos no
rio Zêzere e nos solos.
Que
os riscos para a saúde das populações circundantes tais como: a inalação de
partículas soltas, a exposição a vibrações e ruído constante; a exposição a
metais pesados e águas contaminadas; a exposição à radioatividade do césio e
rubídio;
5.A
penalização que irão sofrer os investimentos feitos no turismo local, bem como
o afastamento de futuros investimentos nessa área.
Assim,
a Assembleia Municipal do Fundão, reunida a 28 de fevereiro de 2018,
pronuncia-se contra a exploração mineira da serra da Argemela e envia esta
moção aos Grupos parlamentares;
Ministério
do Ambiente; à Comissão Parlamentar do Ambiente e à Direção Geral da Energia e
Geologia”.
Esta é mais um passo dado na luta que está a ser travada contra a exploração mineira da Serra da Argemela.
PS:
face à importância do tema voltámos a publicar esta semana o texto da semana passada com algumas
pequenas alterações.
