Aldeias e vilas ganham nova vida com os emigrantes
O
ciclo repete-se ano após ano. Chega agosto e a vida transforma-se. As aldeias,
vilas e cidades ganham nova vida com a chegada dos emigrantes, todos trazem uma
mala cheia de saudades de um ano longe do seu torrão natal.
Ei-los
que chegam depois de cruzar as estradas da Europa. À medida que o cansaço
aumentava, também a ansiedade de pisar o solo do seu país era maior. Muitas
horas dentro de automóveis apinhados de malas, de esperança, de vontade de
passar alguns dias junto de amigos e familiares no seu Portugal. É a renovação da
esperança, é o recarregar as baterias, é o sentir o cheiro dos campos, das
serras, da localidade onde nasceram e de onde um dia partiram atrás de uma vida
melhor.
Com efeito, nesta altura do ano aldeias e
vilas portuguesas, principalmente estas, até por razões culturais, agitam-se,
aumentam de forma exponencial a sua população, ganham uma nova vida.
É
o caso da vila do Paul, que conhece uma animação que só agosto consegue
implementar.
As
ruas durante o dia continuam quase desertas, com os emigrantes principalmente
os mais jovens a procurarem a fresquidão das águas da ribeira do Paul, ou
outros locais públicos onde se podem refrescar, à noite as ruas parecem acordar
desta letargia e enchem-se de vida.
Grupos
de pessoas circulam, falam de forma exuberante quase sempre em francês (o que é
uma pena) enchem esplanadas e restaurantes.
A
economia local ganha um novo fôlego com chegada destes filhos da terra que um
dia tiveram de emigrar.
As
forças vivas da freguesia desdobram-se em atividades festivas e proporcionarem
momentos de animação para todos e em particular para esta franja da população
emigrada, o clima é de festa, o tempo é de entrega à diversão.
Ganham
todos com a vinda destes paulenses que, durante um ano labutam no estrangeiro,
com os olhos postos no período de férias que em agosto passam no seu quinhão de
Portugal.
Como
sempre. Sejam bem-vindos.