A Santa Bebiana está ai à porta

Encontram-se em contagem decrescente e os preparativos estão em grande ritmo para tudo estar pronto nos dias 30 e 1 e 2 de Dezembro/18.

Este ano na décima quarta edição a organização da responsabilidade da Casa do Povo do Paul, promete algumas novidades e muita animação.

Depois das últimas festas de verão as hostes começam a agitar-se e os devotos bebianos só já pensam na Festa da Santa Bebiana.

Parece que uma estranha febre bebiana toma conta deles. Nas redes sociais inicia-se o ritual desta festa com alusões a mais um grande fim-de semana Bebiano, quase sempre com frio na rua, mas quente no convívio e na “loucura” dos dias e noites dos festejos bebianos.

Há quem marque presença de ano para ano. A oferta de camas fica cheia. Há quem venha de longe e até do estrangeiro. Fique o que ficar para trás, mas faltar à Santa Bebiana é que não pode ser. Seria uma espécie de “sacrilégio” para quem precisa de viver estes dias bebianos no último mês do ano como se não houvesse amanhã.

A economia local e até da região, esfrega as mãos de contente. Comercializa-se o aluguer dos espaços fechados durante o ano e abertos como tasquinhas na Santa Bebiana, transacionam-se centenas de litros de jeropiga. Os produtores da freguesia de vinho caseiro, começaram a reequacionar a sua produção e pensam-na em termos “jeropigeiros”. A vila por ser capital da jeropiga durante três dias trouxe-lhes um novo alento.

A organização da Casa do Povo do Paul, meses antes atarefa-se. A responsabilidade aumenta. 14 anos trouxeram experiência e mais preocupações. É que no princípio eram às centenas hoje são aos milhares os que visitam a vila nestes dias para participarem numa festa que quebrou fronteiras. Deixou de ser só da freguesia. É da região. Do país.

A comunidade paulense residente também sente esta azáfama bebiana, particularmente, nos dias que antecedem os festejos. Durante quase toda a semana bebiana o Largo da Praça fica cheio. Ganha vida. Contrariamente às noites “mortas” onde por vezes passamos depois de jantar e não se vê uma viva alma. Nestas noites parece uma localidade triste. Amorfa. Depois na semana dos festejos muitos tasqueiros de ocasião, preparam os seus espaços, palco de alegrias e de conversas cruzadas. É a vida a acontecer, é aa záfama bebiana que percorre as pessoas como um calafrio que percorre a coluna vertebral, é no fundamental, o filme da maior festa de inverno do concelho da Covilhã, cujos atores são todos os que nela participam, sabendo-se hoje que o argumento  remonta ao tempo em que  os pastores desciam ao povoado e depois percorriam as adegas dos garrocheiros em grande  algazarra.  Que venham os festejos da Santa Bebiana.


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