Edição gráfica ainda um sonho por cumprir
Em 2017 não editámos o jornal Inforpaulense, Depois desta interrupção de um ano, voltámos com um sonho. Ainda por cumprir. Diga-se que cada vez mais se esfuma no tempo.
Não queremos nesta edição especial,
dedicarmo-nos à análise porque este projeto informativo, que perdoem a
imodéstia faz falta ao Paul, se quiser ser notícia que passe as suas fronteiras
geográficas, não consegue o apoio necessário para que seja economicamente
sustentável, mas este raciocino entronca na aposta adiada (ou aniquilada) de
apresentar a edição mensal em papel do Jornal Digital do Paul – Inforpaulense.
Voltamos então na Edição Especial a recuperar alguns textos sobre o assunto que deixo à vossa consideração:
“Como é sabido, há mais de duas décadas que colaboro regularmente com a imprensa regional, sem nunca ter quaisquer contrapartidas financeiras desta atividade jornalística.
Encaro-a como uma missão.
O objetivo foi, é e será, dar conhecimento do que mais significativo acontece na vila, particularmente, aos emigrantes e imigrantes paulenses sempre ávidos de notícias da sua terra. Com a extinção do Jornal do Paul, esta ligação com a comunidade paulense residente e não residente ficou mais empobrecida e emergiu da minha parte a necessidade de continuar este elo de ligação com a diáspora portuguesa e em particular com os paulenses.
Para colmatar esta lacuna e com a certeza que na atualidade o acesso às novas tecnologias já está disponível em todo o mundo, pensei criar o BLOG - http://inforpaulense.blogspot.com/, no dia 1 de Maio de 2006. Inicialmente o objetivo era colocar on-line os artigos da minha responsabilidade (não publicados e publicados na imprensa regional), gerar a possibilidade de conhecer o conteúdo dos mesmos, propiciando assim, a toda a comunidade paulense e não só, inteirar-se da atualidade informativa que trespassa o quotidiano da freguesia.
Passados nove anos de vida do Inforpaulense, com avanços e recuos, este projeto cresceu e conseguiu alargar-se ao maior número de paulenses e hoje em dia este meio de comunicação na Internet, regista mensalmente milhares de visualizações um pouco por todo o mundo, aumentando assim, proporcionalmente, a responsabilidade da sua edição e consequentemente, exigir-me maior disponibilidade para indagar, conhecer, acompanhar, ir ao encontro do acontecimento, falar com os protagonistas, recolher informação e depois tratá-la do ponto de vista jornalístico, numa luta sempre constrangedora contra o tempo.
É de um novo tempo que agora o Inforpaulense precisa.
Um tempo de crescimento para se tornar uma publicação que assuma definitivamente o estatuto do Jornal Digital do Paul- Inforpaulense, mas que fique com um registo em papel mensalmente, servindo melhor os leitores e abrangendo todas as faixas etárias, principalmente aquelas que não estão tão familiarizadas com as novas tecnologias de informação e com era digital”.
Esta foi parte de carta aberta aos leitores, sendo que, mais tarde complementámos:
“A vida está cheia de sonhos. Uns cumprem-se. Outros não.
Todos temos direito a sonhar. Por enquanto ainda não pagamos imposto para isso.
É por isso, que quando reativámos o Inforpaulense em formato digital, dissemos também que o objetivo seria tentar, repito tentar realizar uma edição mensal em papel deste semanário digital- o Inforpaulense.
Na verdade, na atualidade vivemos num mundo onde a informação está em todos os lados, em todos os locais e a qualquer hora, chega também ao comum dos mortais de diferentes formas seja pela TV, jornal, revista, rádio ou Internet.
A era é do digital, disso não restam dúvidas, mas não nos podemos esquecer que ainda muitos, principalmente os mais velhos, gostam da sensação de desfolhar um jornal impresso, diríamos mesmo que este ato tem um ritual, uma história, em suma, todo um conforto e charme na leitura do jornal impresso. Depois fica para memória futura, enquanto no digital pode eventualmente perder-se o rasto.
Quando idealizámos o Inforpaulense como um mensário impresso, não estamos a desvalorizar a edição semanal digital que iremos manter, mas uma edição em papel que pudesse ser retrospetiva da atualidade informativa durante o mês, mas sobretudo, ir ao encontro da grande reportagem, da história de pessoas e instituições, dos valores e referências da vila e das freguesias em seu redor com destaque para a Erada e Barco.
Alguém disse um dia, “O jornalismo da grande imprensa é o jornalismo dos discursos institucionais. Por isso os protagonistas são sempre os que estão no poder ou que ao poder ambicionam. Pois a imprensa regional tem a possibilidade de quebrar a dicotomia dos jogos do poder e pelo poder, introduzindo nela a variável humanista que jamais deveria faltar à narração jornalística”, nós acrescentámos, não prometemos como faz a rádio TSF “por uma boa notícia, vamos ao fim da rua, vamos ao fim do mundo”, mas podemos prometer que vamos continuar esta missão de darmos conta do que mais importante se vai passando nesta região com enfoque na vila do Paul, até porque, quando se toma a decisão de comunicar com os outros, estamos implicitamente a assumir a responsabilidade de encarar esta missão com espírito de lealdade, transparência, seguindo as regras deontológicas da comunicação social.