Argemela não é consensual diz o BE

Na última iniciativa levada a cabo pelo Grupo “Pela Preservação da Serra da Argemela” e as Juntas de Freguesia da União de Freguesias de Barco e Coutada, concelho da Covilhã, Lavacolhos e Silvares, concelho do Fundão e que foi um enorme êxito, políticos de todos os quadrantes marcaram presença no Cordão Humano contra a exploração mineira da Serra da Argemela.

Todos quando foram confrontados para prestarem declarações, tiveram com mais palavra menos palavra o mesmo alinhamento de pensamento. “É preciso defender esta serra das consequências nefastas que a exploração mineira lhe iria causar”.

Ora esta posição de acordo com o comunicado do Núcleo Concelhio da Covilhã do Bloco de Esquerda, não é tão consensual como seria de esperar.

Neste documento, pode ler-se “no passado dia 7 de Março de 2018, a Assembleia Municipal da Covilhã aprovou, por maioria, a moção contra a exploração mineira na Argemela apresentada pelo Presidente da Junta do Barco e Coutada. Esta decisão foi ao encontro da tomada de posição feita também pela Assembleia Municipal do Fundão, onde uma moção apresentada pelo Bloco de Esquerda foi aprovada por unanimidade.

Sendo o concelho do Fundão menos afetado que o município da Covilhã, ficamos surpreendidos pelas seis abstenções dos eleitos da CDU e do CDS/Nova Energia.

Depois de todos os órgãos locais afetados pela exploração mineira da Argemela terem tomado uma posição pública contra a mina, sejam Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia e Assembleia Municipais, não deixamos de expressar as nossas reticências face aos argumentos das abstenções na Assembleia Municipal da Covilhã. Reconhecemos que existem recursos geológicos na região, mas estes recursos não são sinónimos de emprego para os nossos concelhos nem de sustentabilidade ambiental.

Relembramos aos menos atentos que o relatório da empresa exploradora prevê a subcontratação. Todos ficamos com a impressão que as abstenções para além de consentir a destruição de um património histórico e ambiental, de não estarem preocupados com a saúde das populações das localidades próximas, também consentem o trabalho precário na nossa região”.

Sendo como é uma luta de causas, a defesa da Serra da Argemela, de acordo com a vontade do povo que acorreu às centenas na última iniciativa não tem “volta a dar”, é para manter e levar até às últimas consequências. Goste-se ou não.

 

PS: À redação do Inforpaulense, regularmente o Núcleo Concelhio da Covilhã do Bloco de Esquerda, faz chegar os comunicados de imprensa que agradecemos.

Certamente se outras forças partidárias fizerem o mesmo e se os comunicados tiverem algum interesse para o público-alvo desta publicação, terão o mesmo tratamento.

 


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