Paulense apresenta Fragmentos da Madrugada

Bruno Pereira é o autor do livro de poesia “Fragmentos da Madrugada” que foi apresentado no   sábado 14 de janeiro na sua terra natal, num local onde se respira cultura como é indubitavelmente a Casa de Cultura José Marmelo e Silva no Paul.

A sala deste espaço cultural foi pequena para acolher todos os que quiseram associar-se a esta manifestação literária que na geografia dos afetos levou os familiares e amigos a emocionarem-se pelo olhar poético do autor do mundo que o rodeia.

Na abertura da sessão o presidente da Junta de Freguesia do Paul revelou o seu contentamento por Bruno Pereira, ser mais um paulense   a ganhar relevo   no mundo da escrita e também na área profissional, enquanto Comissário da Polícia de Segurança Publica em funções na capital lisboeta.

Já  à vereadora  da cultura da Câmara Municipal da Covilhã, coube  falar um pouco do autor e mais  da obra  lendo  alguns poemas como: “ Poesia da Vida” e “Lágrimas da Vida”, sendo que,  ficou claro que o livro  espelha uma visão fragmentada e eclética do mundo, onde  o autor  procurou imprimir intensidade, brilho e vigor, esperando que estes consigam beijar o sorriso e abraçar a alma de muitos leitores, seguramente, um  desígnio alcançado se tivermos em conta  que os livros  expostos para venda desapareceram num ápice.

A encerrar Bruno Pereira sem esquecer as  suas raízes  familiares e da terra que o  viu nascer, mostrou a sua gratidão  pelo  acolhimento que teve  na apresentação do seu primeiro livro revelando que na sua conceção confluíram duas coisas que o definem intimamente, o  gosto literário e  a possibilidade de emaranhar palavras  e corporizar nelas  as  emoções, vivencias e atitudes.

Antes de passar a autografar os livros, leu ainda um pequeno texto que tinha escrito momentos antes desta apresentação, onde reiterou o amor e apego   às suas origens.

Na sinopse do seu livro, Bruno Pereira afirma, “as palavras permitem-me transcender para um outro mundo, escrever liberta-me de preocupações e permite-me exportar os meus pensamentos, dando-lhes corpo e profundidade, e enquanto o faço, sinto-me a afagar a alma, encontrando paz”.

Foi exatamente este sentimento genuíno e de partilha que emergiu nesta sessão literária num dos locais mais emblemáticos no que concerne   à afirmação da cultura.

Para a vereadora da Cultura da Camara Municipal da Covilhã foi interessante esta apresentação, “não conhecia o autor e por isso tentei conhece-lo através da obra que li para hoje poder falar um pouco dela.

Através da sua escrita   Buno Pereira dá-nos uma visão de si mesmo e do mundo que o rodeia. A sua poesia evidencia uma forma de estar e de relações enquanto pessoa e profissional, numa perspetiva critica, mas também de afetos daquilo que são seus sentires em relação aos outros.  Sempre que algum autor apresenta a sua obra a cultura fica mais rica a própria região é valorizada” garante Regina Gouveia.

Bruno Pereira depois de autografar os livros disponíveis   que foram todos adquiridos começou por agradecer e depois afirmou, “foi um momento intenso com as pessoas importantes para mim, pintando uma tela cromática que nunca mais  esquecerei. Comecei a escrever devido a  ter apanhado Covid em  Espanha e no confinamento para ocupar o tempo  descobri o gosto pela escrita. Sempre gostei de brincar com as palavras  e  desde  de então a escrita  é uma pratica  diária”, esclarece este paulense  que de seguida acrescenta”, vivo num  mundo profissional  carregado de emoções e  não escondo  que tudo na nossa vida  concorre para aquilo que  somos, quando escrevo   é como se fosse uma catarse e como as palavras  são aquilo que mais nos liga e são ainda um instrumento  e uma arma  que mais força tem no mundo, assim sendo, nada melhor do que espelhar a minha  visão do mundo através das minhas palavras. Num futuro próximo estou a preparar uma segunda edição e já há mais palavras   passadas para o papel que a seu tempo conhecerão a luz do dia. Deixe-me dizer que saio desta apresentação na minha terra de coração cheio”, frisa este jovem autor.

O presidente da Junta de Freguesia do Paul denotava uma satisfação indisfarçável, “o Paul orgulha-se dos seus conterrâneos que atingem uma certa notoriedade que é o caso do Bruno Pereira.  Vi crescer este rapaz e depois de ter o sucesso na carreira profissional enquanto comissário da PSP, com muitos anos ligado à investigação esta faceta de escritor surpreendeu-me, mas   fico muito satisfeito por ser mais um filho da terra que conseguiu este êxito   como autor”, finalizou Gabriel Gouveia. 


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