
A magia da música voltou ao Largo da Praça do Paul
Numa
noite quente a música encheu os corações de dezenas de pessoas que marcaram
presença no Concerto da Banda Filarmónica do Paul. Os afetos voltaram com este
abraço musical.
Depois
de um longo silencio imposto pela pandemia COVI-19, os instrumentos encostados
na sede da Associação Cultural Desportiva Paulense (ACDP) Banda Filarmónica do
Paul, voltaram a ganhar vida e fizeram-se ouvir num dos locais mais
emblemáticos da vila do Paul o Largo da Praça.
A
magia da música aconchegou a alma de mais uma centena de pessoas que ávidas de
emoções foram levadas para uma viagem musical que apresentou um repertório
multifacetado, mostrando uma qualidade do agrado da plateia.
De
facto, sentia-se que instrumentistas, maestro e público estavam a usufruir
destes momentos musicais há muito interditos já que as bandas filarmónicas que têm
a maior parte, das suas atuações no verão viram a Covid-19 cancelar
praticamente tudo e os músicos ficaram em silêncio.
Com
a consciencialização do público e dos responsáveis da organização em perfeita sintonia
com as exigências da Direção-Geral
da Saúde (DGS) realizou-se este concerto de verão que marcou o arranque da atividade
da Banda Filarmónica do Paul.
Recorde-se
a propósito que a Direção-Geral da Saúde (DGS) impôs para esta atividade o
distanciamento de cerca de um metro e meio a dois metros entre os músicos
durante as atuações, até porque grande parte dos instrumentos utilizados são de
sopro o que inviabilizou ensaios e atuações,
fechou sedes, as cadeiras ficaram
vazias e os instrumentos parados, sendo que, lentamente, as bandas parecem querer retomar alguma da sua
atividade pese embora, continuarem
proibidas as festas, limitando assim a atividade a ensaios e alguns concertos realizados de
acordo com a exigências da DGS em vigor.
Revelando-se
em boa forma a Banda do Paul, interpretou
vários temas terminando o concerto a tocar a música emblemática “Paul
minha terra”.
Regresso
prometedor
“A
banda está no bom caminho, mas temos de continuar a trabalhar para melhorarmos
o seu desempenho, até porque estão reunidas boas condições para isso, por um
lado temos uma recente direção jovem que está com vontade de trabalhar bem, por
outro, a motivação dos músicos é boa e para isso vamos inovando reportório mais
de acordo com o interesse dos jovens”, reconhecia o maestro António André.
Na
verdade, aconteceu um serão diferente que deu para esquecer esta situação pandémica,
bater com o pé a compasso e cantarolar ao som de polifonias variadas. O povo
gostou e pede mais iniciativas destas. Uma autêntica Primavera musical
aconteceu na vila.
Quem
marcou presença foi o presidente da Junta de Freguesia do Paul, acompanhado do
vereador da Câmara Municipal da Covilhã com o pelouro do Associativismo José
Miguel Oliveira “vivemos aqui um serão memorável, onde a música nos tomou de
sobressalto e nos encheu o coração. Nesta noite de verão foi muito bom
voltarmos a ouvir a Banda do Paul”, evidenciou
o autarca covilhanense.
Para
a nova direção da ACDP- Banda Filarmónica do Paul, eleita há pouco mais de duas
semanas o objetivo foi alcançado, “mostrar que a Banda está viva e que vai
continuar a sua atividade dentro das condicionantes que persistem devido à pandemia
que ainda atravessamos. As dificuldades são imensas até porque como é sabido é
no verão que as bandas filarmónicas têm a maior parte das suas atuações, quer seja
em concertos, arruadas, missas e procissões em festas religiosas e tradicionais,
resultando dai a sua sustentabilidade financeira, mas a vontade é grande em mantermos
de pé esta intuição bicentenária “referiu a equipa diretiva.
Com
os rostos iluminados pela satisfação os
instrumentistas e o seu diretor artístico, António André no final do concerto
confessavam,” foi difícil esta
travessia do deserto. Não podermos tocar os nossos instrumentos, conviver com
os colegas, a falta da música nas nossas vidas
foi agora compensada com este concerto
realizado neste local tão significativo da vila, para mais com a adesão
que tivemos das pessoas, é por isso que hoje sentimos novamente, que todos
fomos abraçados musicalmente”, remataram os grandes protagonistas da noite.
João
Cunha