
Festejos da Senhora das Dores voltam a mobilizar a fé e a tradição
As
ruas engalanadas com fitas e bandeiras deram um colorido à freguesia e
emprestavam à vila o clima da festa anual que vinha ganhando uma nova energia,
mas que força da pandemia que assolou o nosso pais esteve sem se realizar nos
últimos dois anos.
Este
ano ainda com algumas reservas quanto à situação pandémica a fé e a tradição
foram novamente convocadas para aquela que é umas das grandes romarias da
região, a Festa da Nossa Senhora das Dores.
Diz
a tradição que antigamente na aldeia do Paul, só se comia carne pela festa e
até por este desejo de comer o que não passava quotidianamente pelo estômago do
povo era diferente, talvez por isso na atualidade ainda continua a tradição da
carne de cabra nas mesas dos paulenses, mas sem a importância de outros tempos.
Mas,
a Festa da Nossa Senhora das Dores, é muito mais do que uma tradição
gastronómica, é o reencontro da comunidade paulense com a santa da sua devoção
que durante todo o ano zela pelo Santuário com o seu nome.
E
este reencontro começou na noite de sábado 2 de julho, quando centenas de
peregrinos assistiram à Eucaristia no exterior da capela do Santuário em festa,
para logo depois integrarem a imponente procissão das velas, que anualmente
traz a imagem da Nossa Senhora da Dores, até à igreja matriz da vila, naquela
que continuará a ser porventura a mais emotiva e sentida manifestação de fé e
de devoção dos fiéis que desde do Santuário Mariano até ao centro da freguesia
enchem as ruas com os seus cânticos e orações, iluminadas pelas velas que vão
cintilando (este ano o vento e temperatura colaboraram )num quadro beleza
invulgar e tocante.
No domingo
3 de julho/22 a adesão popular não foi
tão significativa quanto em anos transatos, ainda assim o regresso em procissão
da imagem da Senhora das Dores, até ao seu Santuário foi realizado e antecedeu
outro dos momentos altos da festa com a missa campal na igreja deste recinto
religioso que acolheu os peregrinos de coração aberto que se emocionaram com o
aceno de despedida a Nossa Senhora, quando recolher para a sua capelinha.
Ao
início da tarde tempo para presenciar outros dos grandes momentos da festa com
o cortejo alegórico este ano um, pouco menos participado ainda assim do agrado
de quem o presenciou e o vivenciou, já no recinto do Santuário, atuaram o Grupo
de Bombos e Danças e Cantares do Paul e
a Banda Filarmónica do Paul e
venderam-se algumas prendas na quermesse.


