Editorial: Será que o mundo está a ficar perigoso?

Quem passa diariamente os olhos pelos telejornais vai se apercebendo que a atualidade informativa vai sempre ao encontro dos diversos acontecimentos à escala mundial que acrescentam preocupação quanto ao equilíbrio entre países que detêm já poder nuclear. Com particular enfoque na Guerra da Ucrânia que estará para durar e atormentar.

Há exemplos disso todos os dias. Com uns a lançar misseis e a bombardear sem dó nem piedade cidades e vilas atingindo muitos civis enquanto outros continuam a jurar a pés junto a sua ajuda incondicional até que chegue o dia em que a diplomacia ganhe ao poder das armas.

Será então caso para nos questionarmos. O mundo está a ficar perigoso?

Muitos analistas consideram que sim, que se não houver bom senso a escalada pode desembocar numa guerra mundial de consequências trágicas para toda a humanidade.

Ora a propósito, a Suécia e a Finlândia depois de manter uma neutralidade durante décadas, demonstrando fundados receios sobre as intenções da vizinhança  pediram a proteção das “ asas  da NATO, enquanto a Rússia vai deixando no ar algumas ameaças veladas

Um mau augúrio ou uma mera prevenção?

Recorde-se que  o Governo sueco, em Maio de 2018 editou  uma versão atualizada de “Om Kriget Kommer” (E se a guerra chegar), um guia ilustrado com informação prática para a população. O guia é uma “reedição” de um manual enviado pela primeira vez em 1943 e que posteriormente foi utilizado durante a Guerra Fria, justificando esta decisão com o deterioramento das condições de segurança na Europa”, em especial, “nos países que rodeiam a Suécia”, numa alusão às tensões com a Rússia.

“A sociedade precisa de estar preparada para um conflito, e não apenas os militares. Não utilizamos palavras como “defesa total” há mais de 30 anos, o que quer dizer que os conhecimentos da matéria entre os cidadãos são muito fracos”, é dito por uma responsável da Agência Sueca para as Contingências Civis, dependente do ministério da Defesa.

Com efeito, não valerá a pena dramatizar as situações potencialmente perigosas para sobrevivência da humanidade, mas também não podemos olhar com total indiferença para os indicadores preocupantes quanto ao caminho cada vez mais perigosos que alguns governantes mundiais estão a trilhar.

Ainda que, geograficamente vivamos num longínquo ponto relativamente ao epicentro dos grandes conflitos mundiais como é aquele onde diariamente fazemos a nossa vida, seja na região beirã ou mesmo em território nacional, este é um problema indubitavelmente de todos os habitantes do Planeta, dai esta nossa chamada de atenção em editorial, até para despertar consciências e olhares para a realidade que nos rodeia e quiçá nos inferniza já hoje pelos efeitos  no nosso custo de vida que a Guerra da Ucrânia já está a produzir.


Partilhar