ASSEMBLEIA DE FREGUESIA APROVA REVISÃO ORÇAMENTAL

Com a abstenção de toda a oposição a proposta da Junta de Freguesia do Paul para a primeira revisão orçamental 2022, acabou por ser aprovada na última Assembleia de Freguesia que decorreu em modo de “português suave” sem grandes controvérsias a não ser aquelas que a bancada da CDU e do movimento Paul: Juntos Fazemos Melhor (PJFM) foi colocando quanto algumas matérias sobre o quotidiano da comunidade paulense.

Requalificação de estrada 343 entre o Paul e o Ourondinho, situação do quartel da GNR local foram algumas entre outras. preocupações que emergiram quer  da bancada do PS pela voz de Cristina Dâmaso, que apoia o executivo quer da oposição, sendo que,  na resposta o presidente da Junta de Freguesia do Paul (JFP) lamentou  que da parte da Câmara Municipal da Covilhã (CMC)  não tenha cumprido o que  prometeu, tendo em conta que as obras da estrada estavam previstas para a primavera do ano passado, quanto ao quartel  das forças de segurança  soube-se que em abril passado o Município enviou à GNR o projeto com as alterações propostas.

Outra das questões recorrentes que não se conhece para quando a sua resolução é a requalificação do Largo dos Emigrantes, pese embora, ser reconhecida prioritária pela CMC.

Discordância quanto à forma e quanto ao conteúdo da informação escrita do presidente da JFP, por parte da CDU e do PJFM que apresentou também a sua preocupação quanto a uma eventual prospeção de Lítio na área geográfica da freguesia que foi prontamente desmentida pelo chefe do executivo paulense, que ainda refutou as críticas que lhe foram dirigidas, “as pessoas acreditam em nós. Tenho orgulho de viver numa freguesia de rosto limpo” garantiu Gabriel Gouveia.

 Falta de polémica afasta publico

O Movimento Paul: Juntos Fazemos Melhor pela voz da sua autarca Daniela Henriques voltou a questionar como eram definidos os critérios dos trabalhos a cargo da JFP que na resposta foi taxativa” os critérios não me envergonham nada, Por exemplo a intervenção da Ponte é da responsabilidade da CMC e daí a demora”, evoca Gabriel Gouveia.

A Assembleia de Freguesia debateu ainda o inventário dos bens, direitos e obrigações patrimoniais e respetiva avaliação que de acordo com os autarcas da oposição precisa de fazer alguns ajustes quanto a valores patrimoniais e aprovou por maioria a primeira revisão orçamental de 2002, que levantou algumas dúvidas da bancada do PJFM mas que foram ultrapassadas, ainda assim, este documento contou com a abstenção não só deste movimento como também da CDU.

O que infelizmente é também recorrente é   a falta de publico, revelando um alheamento dos paulenses em  exercer o  seu direto de cidadania “ como não tem havido  assuntos que levantem grande polemica e os autarcas  têm respeitados os tempos que o regulamento  prevê, talvez por isso  as assembleias têm corrido sem grandes perturbações levando as pessoas a não comparecer”, justifica o presidente da Assembleia de Freguesia deixando no entanto a convicção que o publico aparece sempre em maior numero quando existem grandes conflitos e controvérsias, “ isto é mesmo   difícil de ultrapassar porque as pessoas parece que delegam nos autarcas  a responsabilidade de resolução dos problemas e por isso não vêm   a nãos ser quando alguém tem um problema maior  para resolver como já aconteceu”, assegura Estevão Lopes.

Quem tem elencado um conjunto de situações que gostaria de ser resolvidas   são os autarcas da oposição, “aquilo que se verifica de certa forma é que a JFP abandonou a área urbana da vila e não resolve os problemas do dia a dia das pessoas. Lamentamos  que o  presidente da JFP se agarre à definição das suas prioridades das quais também não conhecemos os critérios e que tenha um discurso muito redondo sem resolver os problemas do quotidiano dos paulenses”, lamenta Vítor Reis Silva da CDU, que  ainda acrescenta, “ temos sistematicamente colocado algumas questões como a deficiente mobilidade das pessoas,  com os passeios degradados, a falta de segurança, a dificuldade de acesso ao edifício da sede da JFP  de deficiente motores e de carrinhos de bebé, no fundamental são pequenos problemas, entre outros, que devem ser resolvidos rapidamente isto por um lado, enquanto por outro se a JFP não pressionar a CMC para  investir  nesta freguesia e não conseguir  apoios comunitários isto não vai lá, contrariamente ao que acontece com as freguesias vizinhas que procuram um desenvolvimento  sustentado ” alerta este  autarca da CDU.

Prioridades divergentes

Cidália Barata comungando  muitos dos problemas elencados pelos colegas da oposição  manifestou no entanto outro tipo de preocupações, “ houve de facto um pedido de prospeção de Lítio para   na nossa freguesia pela Direção Geral  de Energia e Geologia,  contudo registo o desmentido da JFP que diz desconhecer qualquer pedido”, sublinha esta autarca do movimento Paul: Juntos Fazemos Melhor (PJFM)  lamentando de seguida, “   assembleia  é composta  por vários partidos e devem ser aceites  as opiniões, porem não tem sido assim por parte da JFP. Temos de ver isto na perspetiva da melhoria de qualidade de vida dos paulenses e as minhas prioridades podem não ser iguais às da Junta, mas todas são importantes e devem ser respeitadas. No fundamental temos de saber escutar e nisso tem havido algumas falhas” garante este autarca que ainda acrescenta, “nós não criticarmos a forma como são distribuídos os apoios, mas a forma como soa explicados sem haver clareza e transparência. Tem de haver mais rigor e objetividade na informação que nos é passada. Por outro lado, temos de apostar mais nas pessoas e na resolução dos seus problemas e não tanto em obras que encham a vista”, garante Cidália Barata.

 Para  o presidente da JFP  aposta é seguir no caminho que tem percorrido, “ é claro que aceito as  criticas  da oposição mas  quanto á informação  escrita   acerca da atividade da JFP é genérica e feita a pensar nas pessoas que acompanham de perto a vida  quotidiana da freguesia, julgo que é  clara  e acessível  que vem só complementar a obra  que fala por si” esclarece Gabriel Gouveia adiantando de seguida, “ de 2013 para cá  já  foram adquiridos muitos terrenos que enriqueceram o património  desta JFP, mas  tenho dizer que é a nossa preocupação  não só  a aquisição de património mas  a sua rentabilização, por exemplo  continuamos dentro das nossas possibilidades  a requalificar o parque de lazer, infelizmente não temos tido grandes apoios pelo que,  estamos em crer que em breve iremos assinar um protocolo de apoio da CMC ( pouco expressivo ate agora)  e ai podemos  avançar  de forma mais significativa com esta obra”, Remata  o chefe do executivo paulense. 


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