LARGO DO MERCADO RECEBEU GALA DO FOLCLORE
O Grupo de Danças e
Cantares do Paul (GDCP) que comemora este ano 30 anos de existência levou a efeito o seu VIII Festival de
Folclore, num dos locais emblemáticos da vila.
Quatro grupos e uma
numerosa assistência marcaram presença no Largo do Mercado, onde decorreu esta
iniciativa que assinala o regresso das noites onde as tradições e valores
culturais de regiões distintas do país emergiram e se apresentaram ao veredicto
popular.
Para a oitava edição deste festival o GDCP convidou o Rancho Folclórico
de Santa Luzia de Airães – Felgueiras (entre Douro e Minho), da região da
Extremadura Centro Saloia veio o Grupo de Danças e
Cantares de Sobral Monte Agraço, já o Grupo
Folclórico de Pias- Cinfães veio em representação da região Montes e Alto
Douro e claro está o grupo anfitrião representou a Beira Baixa.
Depois de uma
primeira passagem de apresentação no palco antes das atuações dos grupos o GDCP
agradeceu a presença das entidades convidadas, distribuiu as respetivas
lembranças, acendeu as velas do bolo do 30º aniversário e de seguida cantou os
parabéns.
Sabemos quanta vontade e empenho
as organizações poem nestas iniciativas e seguramente que o grupo organizador não poupou esforços,
mas convenhamos , a escolha da iluminação do palco não foi a mais feliz deixando os folcloristas na penumbra, já que a qualidade que todos demonstraram mereciam
as luzes da ribalta mais intensas e com outra visibilidade, de resto o GDCP
como é seu habito logo abrir o certame
teve um desempenho relevante com o som dos bombos e dos adufes a sobressaírem assim como outro momento mais
intimista prendeu a atenção do publico que em silencio ouviu o cântico
quaresmal da Verónica.
Depois pela ordem que
foram referidos os restantes grupos evoluíram no palco deixando a sua marca e
identidade cultural das regiões onde são oriundos bem vincadas numa noite onde
as tradições de um povo foram relembradas e onde gala do folclore atraiu muitos
populares que encheram o recinto de espetáculos.
Ranchos
enaltecem organização
Para o responsável do
Rancho Folclórico de Santa Luzia de Airães – Felgueiras foi muito agradável
esta visita á vila, “já estivemos nesta região do país, mas aqui ao Paul é a
primeira vez e estamos muito satisfeitos, quer pela receção que tivemos, quer
por participar neste festival bem organizado com uma grande moldura humana”,
sublinha Casimiro Ferreira.
A sua homóloga do Grupo
de Danças e Cantares de Sobral Monte Agraço, comungava da mesma opinião, “fomos
muito bem recebidos. Chegámos bem cedo e tivemos oportunidade de visitar alguns
locais emblemáticos como as praias fluviais de águas fresquinhas. Quanto ao festival
teve muita qualidade quer pela sua
organização, quer pelos ranchos participantes que já têm nome na praça. A nossa
cultura popular precisava de retomar estes encontros depois de pandemia que
levou alguns grupos a fechar portas, mas o meu felizmente tem muita gente jovem
e continuamos esta luta pela defesa dos nosso valores e referências. Vamos
daqui tão contentes que seguramente iremos voltar para usufruir destes locais
tão aprazíveis”, garante Lucília.
Daniel Silveira, por
sua vez considerava positiva esta participação no festival de folclore do grupo
local, “é sempre bom sairmos do nosso concelho para mostrar a nossa cultura a
outras regiões. Depois desta paragem forçada voltar a participar neste tipo de
festival de qualidade é sempre uma lufada de ar fresco, até porque assim o grupo
volta a motivar-se” frisa o presidente do Grupo
Folclórico de Pias- Cinfães.
Nesta ronda faltava ouvir o presidente do grupo anfitrião, “organizar este tipo de evento dá muito trabalho, mas vale a pena proporcionar à vila este festival de folclore com ranchos muito conceituados no panorama do folclore português, até porque esta ano fazemos trinta anos de existência e assim comemoramos em simultâneo o aniversário e a realização desta atividade que é do agrado da comunidade paulense. Este ano temos uma agenda cheia de atuações um pouco por toda parte e considero que o grupo está a 99% com entrada de muita gente jovem, por isso só posso estar muito satisfeito e fazer um balanço muito positivo quer pelo regresso á atividade, quer pela forma como correu a oitava edição do nosso festival de folclore”, finalizou Pedro Soares.
De referir ainda que terminado o festival a festa popular continuou com a atuação do organista Emanuel Fernandes que animou noite dentro os mais foliões.